sábado, 17 de dezembro de 2011

CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA DO ESTÁGIO GESTÃO 1


 



UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL
JANE COSTA
LAIZE ALVES DOS SANTOS
MARIA DAS NEVES FERREIRA LIMA
SUELY MARIA DE MELO













SOCIALIZANDO TEÓRIA E PRÁTICA


























MACEIÓ
2011
JANE COSTA
LAIZE ALVES DOS SANTOS
MARIA DAS NEVES FERREIRA LIMA
SUELY MARIA DE MELO















SOCIALIZANDO TEÓRIA E PRÁTICA


Trabalho apresentado à disciplina Estágio Supervisionado Gestão 1, no 5º período do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas, sob orientação da Professora Karla de Oliveira Santos como requisito parcial para a aprovação na disciplina.




















MACEIÓ
2011
SUMÁRIO


1
INTRODUÇÃO

3
2
CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

4
3
ENTREVISTA COM A DIREÇÃO E COORDENAÇÃO

11
4
EVENTOS PRESENCIADOS
14

4.1 Encerramento da Semana do Folclore
14

4.2 Reunião com os Pais dos Alunos
14

4.3 Reunião do Conselho Escolar

15
5
ESCOLHA DO TEMA DE INTERVENÇÃO

16

REFERÊNCIAS
17






1 INTRODUÇÃO
           

Para esse primeiro estágio supervisionado, em Gestão 1, fomos encaminhadas a Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Eulina Ribeiro Alencar, localizada no bairro do Jacintinho em Maceió capital de Alagoas e realizamos nosso estágio. Com o objetivo era que através de observação e análise da necessidade da escola visitada, elaborássemos um plano de ação e executássemos para ver como se acontecem as coisas na realidade.
Primeiramente, fizemos leitura de textos e tivemos orientação da professora responsável pelo estágio supervisionado e antes mesmo de visitarmos a escola preparamos questionários, que seguem em anexo, em cima do que pretendíamos saber e dividimos nossas tarefas para que não ficássemos perdidos e assim já com tudo organizado e sabendo exatamente o que deveríamos fazer fomos à escola.
No segundo passo, já munido de um roteiro para as nossas visitas fomos à escola, fizemos a caracterização e observamos qual a necessitada da escola em gestão, juntamente com a coordenação da escola e da direção.
No terceiro passo voltamos à faculdade para, com a orientação da professora, elabora um plano de ação em cima da necessidade real da escola e, com o projeto pronto, voltamos à escola com o intuito de aplicá-lo da melhor forma possível e, assim, tentar ajudar na solução do problema encontrado.
Sabíamos que esta tarefa não seria fácil, mas também sabíamos da sua importância para o nosso crescimento:

“A etapa realizada no ambiente escolar teve como objetivo desenvolver nos acadêmicos um olhar questionador. Com o pré-projeto em mãos, utilizado como bússola, o acadêmico participava das atividades do setor determinado em seu cronograma, buscando conhecer o funcionamento do mesmo e a integração dele com os demais segmentos da unidade escolar. Amparados pelas discussões que orientaram a elaboração do material, aproveitavam este momento para observá-la as ações dos profissionais no ambiente escolar e aprender com eles.” (CASSOL CARBELLO e CROCE, 2009).

Realmente, é difícil, mas enriquecedor as orientações com as vivências nos dão uma completa visão da realidade que enfrentaremos e, com nosso olhar de pesquisadoras esperamos que nossa aprendizagem seja cada vez mais premeada de saberes e paradigmas que levem ao ensino e aprendizagem dos nossos futuros alunos e o nosso.


2 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA


Nosso Estágio Supervisionado I, em Gestão Escolar, foi realizado em escola da rede municipal, na Escola de Ensino Fundamental professora Eulina Ribeiro Alencar, situada no bairro do Jacintinho, Maceió-Alagoas.
Segundo o Projeto Político Pedagógico (PPP, 2008) da escola, o bairro do Jacintinho recebeu este nome em homenagem a um senhor de posse que em 1920 abriu suas portas aos pobres oriundos do interior com a intenção de melhoria de vida na capital, o Senhor Jacinto Ataíde.
É o bairro mais populoso da cidade que cresceu de maneira desordenada e com muita carência.
O bairro possui um canal de TV e um canal de Rádio, um amplo comércio e com bastante variedade, correio, feira livre diária, loteria, supermercados, postos de saúde, mini-pronto socorro posto de combustível, dez (10) escolas municipais e sete (7) estaduais, três (3) creches, três (3) delegacias, conforme dados colhidos no PPP, 2008.
No contexto sócio-cultural, político e econômico são constados: falta de estrutura na maioria das escolas e proliferação de favelas, com aproximadamente vinte (20), grave problemas de saneamento, deficiência de coletivos, precária coleta de lixo, grande número de crianças e adolescentes na rua, crescente tráfico de drogas e de violência.
Além de sofrerem com discriminação por ser morador do “Jaça” (conhecido como lugar de malandro), sofrem na procura de emprego e com a falta de qualidade de moradia e pela falta de ares públicas de lazer e esporte.

“Mediante todos esses fatos, estando a escola inserida nesta realidade, nossos alunos são um reflexo da situação acima caracterizada: crianças desprovidas de alimentação adequada, convivência familiar desajustada e carentes das condições mínimas de sobrevivência material e humana.” (PPP, 2008).


Origem da escola Eulina, que tem este nome em homenagem a uma professora da família Falcão e, na época, que tinha representantes da sua família como Prefeito de Maceió.
Esta unidade escolar foi construída no antigo “Campo da barato”, terreno baldio usado para jogar bola e com grande proliferação de baratas devido à grande concentração de lixo.
Sua inauguração aconteceu em 1986, na gestão do prefeito Djalma Falcão, constando com quatro (4) salas de aula, uma (1) diretoria, uma (1) secretaria, dois (2) banheiros, uma (1) cozinha, e um (1) pátio para recreação. Tendo como diretora a educadora Maria José Porciúncula. E, pela necessidade da comunidade por vagas, ocorreu a primeira ampliação em 1989 para seis (6) salas de aula, no governo de Guilherme Palmeira e tendo na direção a Pedagoga Marilucia Almeida Soares.
Na administração do Prefeito Pedro Vieira, em 1992 mais duas (2) salas de aula foram construídas e o muro da escola. E no governo de Ronaldo Lessa, em 1994, perfuração e funcionamento do poço artesiano, construção de uma cisterna com capacidade de dez (10) mil litros de água, pintura do prédio e estruturação da horta escolar, sob responsabilidade do professor técnico agrícola Arnaldo Guedes Cavalcante.
Em março de 1999, na administração da Prefeita Kátia Born, aconteceu nova reforma onde a estrutura física da escola passou a contar com sala dos professores, secretaria com arquivo, almoxarifado, sala de pré-escolar com banheiro no próprio ambiente, sala de coordenação pedagógica, refeitório, copa cozinha com despensa, laboratório de informática com dois aparelhos de ar-condicionado, sala de vídeo, biblioteca dois banheiros coletivos (masculino e feminino) com três boxes, e um deles para deficientes, uma quadra contendo dois banheiros. Revestimento de cerâmica, nas salas de aulas e nos corredores, na altura de um metro e meio.  Em 2000, com recursos do Caixa Escolar e de Custeio foram adquiridos mobiliários para as salas de direção pedagógica como também luminárias de emergência, gradeado para estacionamento, consertos diversos, material de som e pequena pintura.
Hoje a escola é composta de 10 salas de aulas e todas são utilizadas em todos os horários, sendo assim, a escola trabalha com 30 turmas distribuídas em três turnos: matutino, vespertino e noturno. E demais instalações do seu espaço físico:
·         Uma secretaria, pequena;
·         Uma direção ampla e bem equipada;
·         Uma sala dos professores, pequena mais aconchegante, com ar condicionado, e serve de sala de reunião;
·         Uma sala da coordenação;
·         Uma sala de informática, que é usada com reforço e de leitura. Estão construindo duas salas, uma para reforço e a outra para leitura. Já possuem 10 computadores instalados e receberam mais 18, bem modernos, aguardando instalação;
·         Dois pátios, para recreio e conferência;
·         Uma quadra;
·         Um banheiro para os professores;
·         Dois banheiros, para os alunos, masculino e feminino;
·         Um refeitório;
·         Uma cozinha;
·         Uma despensa;
·         Um almoxarifado;
·         Um Laboratório, de informática;
Possui rampa dado condições de acesso para os portadores de necessidades especiais. E a infraestrutura de segurança é feita através de câmaras, mas a direção não considera seguro, preferia quando tinha dois guardas municipais na porta da escola.
Trabalhando com todo o Ensino Fundamental, distribuído da seguinte maneira: as turmas do 1º ao 9º ano nos horários diurnos e com a 6º ao 9º ano e, também, com a modalidade de Educação para Jovens e Adultos (EJA), trabalhando apenas com o 1º segmento do EJA que corresponde ao Ensino Fundamental menor, isto é, do 1º ao 5º ano, ressaltando que no horário noturno é apenas para os maiores de 15 anos. Assim, as turmas estão distribuídas da forma mostrada neste quadro:
Na Escola de Ensino Fundamental Eulina Ribeiro de Alencar (E.E.F.P.E.R.A.) tem matriculado um total de 959 alunos. Observem os quadros com os totais de alunos por turma e turno. No quadro I traz o total de alunos no turno matutino; o quadro II traz o total do turno vespertino e no quadro III o total do horário noturno. Como no horário noturno são alunos com mais de 15 anos, o número de alunos por sala pode ser de até 50 alunos.

Quadro I: Total de alunos da E.E.F.P.E.R.A no turno matutino
Turmas/ turno
Matutino
1º ano A
26 alunos
1º ano B
29 alunos
4º ano A
31 alunos
4º ano B
31 alunos
4º ano C
30 alunos
4º ano D
30 alunos
5º ano A
37 alunos
5º ano B
37 alunos
5º ano C
38 alunos
5º ano D
38 alunos
Total por turno
327 alunos no matutino
Fonte: Secretaria da Escola Ens. Fund. Prof. Eulina R. Alencar

Quadro II: total de alunos. da E.E.F.P.E.R.A no turno vespertino
Turmas/Turno
Vespertino
1º ano C
26 alunos
2º ano A
21 alunos
2º ano B
18 alunos
2º ano C
18 alunos
2º ano D
20 alunos
3º ano A
30 alunos
3º ano B
31 alunos
3º ano C
31 alunos
3º ano D
32 alunos
3º ano E
31 alunos
Total por turno
258 alunos do Vespertino
Fonte: Secretaria da Escola Ens. Fund. Prof. Eulina R. Alencar
Quadro III: total de alunos da E.E.F.P.E.R.A no turno noturno
Turmas/Turno
Noturno
6º ano A
46 alunos
6º ano B
49 alunos
7º ano A
45 alunos
7º ano B
48 alunos
8º ano A
45 alunos
8º ano B
44 alunos
9º ano A
50 alunos
1º fase EJA
17 alunos
2º fase EJA
10 alunos
3º fase EJA
20 alunos
Total por turno
374 alunos  do Noturno
Fonte: Secretaria da Escola Ens. Fund. Prof. Eulina R. Alencar

            Comparando com a RESOLUÇÃO Nº 055/2002 – Conselho Estadual de Educação de Alagoa- CEE/AL, que traz:

II - Ensino Fundamental Regular:
a) 1º e 2º anos - máximo de 25 (vinte e cinco) crianças por turma;
b) 3º e 4º anos - máximo de 30 (trinta) crianças por turma;
c) 5º e 6º anos - máximo de 40 (quarenta) alunos/as por turma;
d) 7º e 8º anos - máximo de 45 (quarenta e cinco) alunos/as por turma.
III - Ensino Médio Regular: máximo de 50 (cinqüenta) alunos/as por turma.
IV - Educação de Jovens e Adultos presencial:
a)     Etapa Inicial de Alfabetização - máximo de 20 (vinte) alunos por turma;
b) 1º Segmento do Ensino Fundamental - máximo de 30 (trinta) alunos/as nas classes com alunos/as já alfabetizados;
c) 2º Segmento do Ensino Fundamental - máximo de 45 (quarenta e cinco) alunos/as por turma;
d) Ensino Médio - máximo de 50 (cinqüenta) alunos/as por turma.


Assim, constatamos que a escola visitada esta conforme os padrões legais de números de alunos por sala.
A escola conta com 40 professores em seu quadro de professores a formação de Pedagogia, Português/Inglês, Português/Espanhol, Ciências Exatas, Teologia, Educação Física, três Psicólogas. São 100% com nível superior. Na tabela I temos o percentual de formados em Pedagogia, seguida a tabela II que traz o tempo de experiência dos professores e na tabela III consta a vinculação com outras instituições além da municipal.


Tabela I: Professores que possuem formação superior
em Pedagogia
Formação
F
Vr
Pedagogia
20
50%
Outra formação
20
50%
Total
40
100%
Fonte: PPP da E.E.F.P.Eulina R. Alencar.

Constatamos na tabela I que, 50% dos professores possuem a formação em Pedagogia e 50% não possui a formação em pedagogia. Porém, a escola não possui apenas anos destinados apenas para Pedagogos e, é importante ressaltar que 100% do quadro de professores possuem o nível superior.


Tabela II: Tempo de experiência dos professores da Esc. E.F.P.
Eulina Ribeiro Alencar no ano letivo de 2011
Tempo de experiência
F
Vr
Mais de 20 anos
08
20%
Mais de 10 anos
10
25%
Mais de 05 anos
06
15%
Menos de 05 anos
14
35%
Total
40
100%
  Fonte: Projeto Político Pedagógico (PPP) da E. E.F.P. Eulina R. Alencar

De acordo com a tabela II 35% dos professores possuem menos de 5 anos de experiência profissional, 15% possui mais de 5 anos de experiência, 25% possui mais de 10 anos e 20% possui mais de 20 anos de experiência profissional. Percebemos que existe um equilíbrio de experiências práticas, dos mais antigos, com os mais novos que, sem muita experiência prática, mas esperamos que, estejam cheios de entusiasmo e com grande bagagem teórica e novidades para os outros.


Tabela III: Total de professores que possuem outro vínculo empregatício,
 além da rede municipal através da E.E.F.P.Eulina Ribeiro Alencar
Outro vínculo
F
Vr
Não possui vínculo 
26
65,0%
Possui vínculo estadual
13
32,5%
Possui vínculo particular
01
02,5%

40
100,0%
Fonte: PPP da E.E.F.Eulina R. Alencar


Analisando a tabela III constatamos que 65% dos professores não possuem vínculos empregatícios com outra rede de ensino, 32,5% possui vínculo com a rede estadual e 2,5% possui com a rede particular. Percebi-se que a maioria não tem vínculo com outra instituição. Isso é positivo no sentido de que em uma mesma escola o profissional não fica correndo de um lado para o outro e, desejamos que possam ter condições de desenvolverem um trabalho educacional de maior qualidade.


Tabela IV: Total de carga horária dos professores que trabalham na
E.E.F.P.Eulina R. Alencar
Carga horária
F
Vr
40 horas
21
52,5%
20 horas
15
37,5%
10 horas
04
10,0%
total
40
100,0%
Fonte: P.P.P. da Esc.. F.P. Eulina R. Alencar

Constatamos na tabela IV que 52,5% dos professores da referida escola possuem 40horas semanais de trabalho na escola, 37,5% possui 20 horas e 10% apenas 10 horas. Ousamos pensar que, um seja mais um indício de que mais da metade desses professores se dedicando apenas a uma escola possam gerar uma educação de qualidade social.

3 ENTREVISTA COM A DIREÇÃO E COORDENAÇÃO


            A gestão da escola foi muito atenciosa e contribuindo bastante no nosso trabalho de estágio em gestão.
            Através dela ficamos sabendo que a escola tem recurso da Prefeitura, FNDE (MEC), PDDI, PNAI, Mais educação (segundo tempo), Escola Aberta e PDE (este é de 4 em 4 anos). Com esses recursos é feito consertos e reparos, compra de merenda e material de limpeza.
O programa Mais educação tem a participação de 175 alunos e eles contam com um reforço lúdico, meio ambiente, rádio escola, letramento, matemática, xadrez, futsal, conforme informação da coordenadora do programa mais educação e, é formada em História, Pedagogia e cursa o 6º período de Direito.
Sobre o Programa Escola Aberta, a diretora informou que abre a escola todos os sábados e a comunidade, principalmente pais e alunos, participam de cursos de pintura, crochê, corte e costura, futsal, manicure, cabeleireira, dança do coco, bumba meu boi, e assim, vai periodicamente ofertando cursos diferentes. Atualmente, oferta corte e costura, doces e salgados, crochê, capoeira futsal e coco de roda e dança de salão. A escola abre das 8h às 12h e, das 14h às 18h. Informou que a dança de coco e bumba meu boi faz parte da cultura da comunidade e para preservá-la ela disponibiliza a escola e já saiu em um carnaval com eles. “com o objetivo das famílias poderem aumentar a sua renda e ter lazer de acordo com os costumes da comunidade, possibilitando uma interação da comunidade com a escola”. Vemos como uma maneira de trazer a comunidade para participar da escola.
A responsável, pela manutenção e instalações físicas da instituição, é da escola até o limite dos recursos didáticos, pedagógicos e estrutural. Faz solicitação a Secretaria Município da Educação – SEMED, através de memorandos, e já recorreu ao ministério público e, até, o programa de televisão “Fique Alerta”, para conseguir os recursos que precisavam.
A sala de informática ficou dois anos sem funcionar ,e foi a maior dificuldade para conseguir o conserto. Como disse a diretora: “Depois de muito ofício e reclamações está consertada”.
A direção informou que a comunidade é muito carente e sem muita instrução. Muitos estudam a noite na modalidade Educação para Jovens e Adultos (EJA). E assim, poderem estar mais perto dos filhos e acompanhar a suas tarefas escolares. A maioria trabalha como pedreiro, encanador, doméstica, serviço diversos no Shopping, e muitos vivem de bico e outros nem trabalham vivendo apenas da bolsa família que o governo paga.
Com relação ao Projeto Político pedagógico (PPP) falou que é de dois e dois anos feito os ajustes necessários com a participação de pais e alunos além dos componentes da escola. Quando perguntamos se a comunidade realmente aparece e participa, a direção falou: “é só falar em bolsa família que eles vêm.” Neste caso não parece ser um interesse pelo PPP, que talvez, nem saibam o que é ou para que seja.
A coordenação não faz capacitação com os professores. A própria SEMED, de 15 em 15 dias, promove uma capacitação para os professores e assim, não tem como faltar, nem querer participar.
Os conselhos de classe são realizados sempre que possível de preferência após as avaliações, no total de umas quatro reuniões.
São realizadas, anualmente, de três a quatro reuniões com os pais, principalmente nas datas comemorativas em que são lidos textos reflexivos com o objetivo de incentivá-los a participaram da escola colaborando com o acompanhamento do estudo dos seus filhos. Depois vão para a sala de aula para saberem da situação do aluno com questão de notas e faltas. Tentam conscientizá-los que não é o professor que faz “milagre”, eles precisam vir à escola saber das notas dos filhos, do seu comportamento.
O conselho escolar é atuante e conta com a participação da comunidade quanto fala de alguma coisa que tenha interesse. Quando tiveram problema com uma professora e foi mandada para o conselho
As despesas da escola são comprovadas através de nota fiscal e recibo, que são enviados a prefeitura e apresentado relatórios de prestação de contas. Tem o capital para ser casto com material permanente como: TV, som, arquivo etc., e o custeio para compra de outros materiais como: papel, material de limpeza etc.
Não possui grêmio estudantil nem organização de pais. A comunidade é atuante tanto quando a escola pede ajuda como também precisam da escola para eventos como reuniões de igrejas.
A maior dificuldade da escola é com relação à indisciplina e o uso de droga, este principalmente, à noite.
Na hora do recreio o é realizado bingo, leitura com a biblioteca volante (é um carinho de supermercado que a escola ganhou), jogos, procuram fazer um recreio recreativo.
O município não trabalha com progressão. Trabalha durante o ano com o reforço escolar para os alunos com dificuldade e tem dado resultado, segundo a coordenação.
Conforme informação, da diretora adjunta, em 2010 os índices de reprovação foram: no 1º e 2º ano, não tem reprovação;
do 3º ao 5º anos foram reprovados 63 alunos;
do 6º ao 9º ano foi um total de 103 reprovações.
E, tendo aprovados: 1º ao 5º 481 aprovados;
                                  6º ao 9º 121 aprovados.
Se considerarmos que o número de alunos em 2010 tenha sido em torno de 950, mais ou menos o de 2011, o índice de reprovação ficou em torno de 20%. Aqui não estão incluso os desistentes e nem os transferidos. Conforme a direção a desistência só ocorre no caso de mudança, no horário diurno, e, com mais frequência à noite.
A escola possui uma horta com a ajuda dos alunos e da comunidade. Visitamos e tiramos fotos.













4 EVENTOS PRESENCIADOS


4.1 Encerramento da Semana do Folclore


            Foi realizado um evento com a participação dos alunos de todas as salas, no turno matutino, e que, infelizmente, não foi até o final por causa da hora. Tinha planejado um evento com 10 ações diversas: provérbios, lendas, trava-língua, adivinhações, cantigas de roda, superstições etc. Quando foi interrompida só tinha passado apenas cinco das dez atividades. E, a decepção foi grande tanto por parte dos alunos quanto dos professores que reclamavam por não ter apresentado o que tinham ensaiado com os alunos.


4.2 Reunião com os Pais dos Alunos


Presenciamos uma reunião com os pais e como pauta para a reunião vinha encabeçando a Bolsa Família, seguido de Transpal, Reforço Escolar, Eleição da direção para o próximo ano e Semana da Criança.
A diretora abriu a reunião enfatizando que, todas as famílias que têm a Bolsa Família precisarão fazer recadastramento do mesmo. Para isso, precisa pegar uma declaração na escola que seu filho está na escola.
Continuou o discurso com os temas da Transpal como cadastro e recadastro das carteiras de passagens dos ônibus.
Destacou o reforço e apoio pedagógico dos alunos que ainda não sabem ler.
Falou do desenvolvimento da Semana da Criança e das atividades que cada turma irá desenvolver nesta semana. Porém, a ênfase maior da reunião foi sobre a eleição para diretor que acontecerá no dia 26 de outubro e que todos os pais deverão votar e, que só existe uma única chapa.
A coordenação abordou que os pais não dessem dinheiro para seus filhos comprar lanches porque, com as latinhas de refrigerantes, eles estão se machucando ao jogar no outro. Outros brigam porque não dividiu o lanche. Enfatizou que, a merenda da escola é muito boa, por isso, os pais não devem dar dinheiro para os seus filhos, pois também, ocorre desperdício da merenda
Na semana da criança serão realizadas atividades e brincadeiras durante toda a semana, como pula-pula e banho de piscina, com um tempo para cada turma.
A coordenação finalizou a reunião agradecendo a participação dos pais e distribuiu uma mensagem de reflexão que enfatizava a importância dos pais disponibilizando um tempo para conversar, brincar e ouvir o seu filho.


4.3 Reunião do Conselho Escolar


Estavam presentes 10 componentes do conselho, entre eles, professores, funcionários, pais e a coordenadora como Presidente do Conselho.
As pautas discutidas foram:
ü  A escolha dos mesários, suplentes e fiscais para a eleição de diretor que será realizada no dia 26 de outubro do corrente ano;
ü  Frisou sobre soluções para o problema da violência e falta de respeito dos alunos com os professores, principalmente, do turno da tarde e 4º e 5º anos, pela manhã;
ü  Um funcionário contou a história de um aluno que, ele precisou tomar o celular, para que o aluno prestasse atenção à aula e este o ameaçou de morte;
ü  Uma mãe relatou que seu filho foi roubado pelo colega; assim, o conselho tenta resolver esses casos de violência e agressões na própria escola. Teve um caso que tiveram de enviar um aluno para o Conselho da Criança e do Adolescente e, quando voltou, veio pior do que antes.
ü  Discutiram sobre a reforma do telhado e do piso do refeitório que foi quebrado quando a escola foi assaltada.
Nas reuniões do Conselho da Escola aparecem membros do Conselho Estadual – MEC, porém, neste dia não vieram porque não tiveram transporte. A reunião do Conselho ocorre todos os meses, no decorre do ano letivo.
Neste dia ainda acontecerá uma reunião com os professores às 18h e 30minutos, porém não poderemos participar porque o horário não é conveniente para a gente, esta reunião acontece a cada dois meses.


5 ESCOLHA DO TEMA DE INTERVENÇÃO


De acordo com as observações e entrevistas com o grupo gestor da escola, nos reunimos mais uma vez com a direção e coordenação para definimos o ponto que a escola necessita de intervenção. Nosso objetivo era escolher o tema para o projeto de intervenção que será realizado na escola.
Poderíamos auxiliar com o PPP, PDE, Regimento da Escola e vários outros tópicos que estão ligados a gestão, já que nosso estagio é de gestão.
Como a escola esta bem organizada e administrada, tanto o PPP, PDE e o Regimento estão, ou já foram reajustados. E como a escola é um espaço social e como todo espaço social há conflitos de relacionamentos, muitas vezes causados por estresses do dia a dia, ou problemas particulares, é sempre bom está fornecendo meios de estimular esses profissionais de maneira que levante seu ânimo e sua disposição.
Sendo assim, o tema escolhido foi o tema das Relações Interpessoais para dá mais força na relação professor/professor, professor/aluno, professores/pais e contribuir até, quem sabe, em suas relações familiares.
Definido o tema fomos à busca de teóricos que, nos auxiliassem neste projeto e, com a orientação de nossa supervisora, conseguimos fazer o projeto e estamos esperançosos de que tenhamos êxito.
Segundo Pimenta e Lima (2005/2006):

“A profissão docente é uma prática social, ou seja, como tantas outras, é uma forma de se intervir na realidade social, no caso, por meio de educação que ocorre, não só, mas essencialmente nas instituições de ensino”. (p.6)




REFERÊNCIAS


ANTUNES, Celso. Alfabetização Emocional: novas estratégias. 5ª e. Petrópolis: Vozes, 1999.

FREIRE, Madalena. História que começa. In: Cadernos de Pesquisa. (56), fev., 1986.

MEIRELES, Regina Maria. Relação: Professor – Aluno – Mundo. Disponível em: < >. Acesso em 12.10.2011.

PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágios e Docência: diferentes concepções. In Revistas Poesias. v.3, nº 3 e 4, pp.5-24, 2005/2006.

RESOLUÇÃO 055/2002

TUNES, Elizabeth; TACCA, Maria Carmen V.R. e JÚNIOR, Roberto dos Santos Bartholo. O Professor e o Ato de Ensinar. In. Cadernos de Pesquisas. v. 35, n. 126, p. 689-698, set./dez., 2005.

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